O que pode a arte praticada dentro de contornos terapêuticos? Como a arte nesse contexto pode romper com estruturas rígidas que oprimem o sensível, forças que violentam os corpos, e impedem a vida? Como abrir frestas para a fertilidade, para a diversidade? Que estratégias a arte praticada em espaço terapêutico pode ser resistência e afirmar a vida?
O Grupo de estudos em arteterapia do Baalaka, nesse mês de outubro, se debruçou sobre essas e outras perguntas a partir das provocações de dois grandes textos: “Amaranto - ervas-ativistas e mulheres-daninhas”, texto da artista e pesquisadora Mari Fraga, publicado pelo Goethe-Institut dentro do ‘Caderno de Receitas de Artista’; e “Geopolítica da cafetinagem”, da psicanalista e filósofa Suely Rolnik, publicado no site Núcleo de Estudos da Subjetividade, da Puc de São Paulo.
Na companhia desses textos, de ervas-daninhas e muitas plantas medicinais, vivemos experiências e tecemos articulações de imensa contribuição para uma prática expandida da arteterapia. Em um espaço amorosamente preparado, permitimos que nossas vozes se misturassem umas às outras. Cultivamos um campo comum de experimentação em que o conhecimento se faz vivo, habitamos o entre, abrimos fendas para o desejo, para o sensível, para a vida que pede passagem e insiste em se fazer presente.
Agradecemos pelas presenças que tornaram possível esse território de afeto, criação e pensamento coletivo. Que as ervas-daninhas sigam brotando nas frestas.
Lembramos que a maravilhosa publicação “Caderno de Receitas de Artista”, que reúne a produção de artistas, pesquisadores e ativistas que atuam nos cruzamentos entre arte, comida, alimentação, agroecologia, nutrição, cura, segurança e soberania alimentar, pode ser baixada no site que colocamos logo abaixo nos comentários.
https://cidadefloresta.com.br/caderno-de-receitas-de-artista/















