A ARGILA NO PROCESSO TERAPÊUTICO

Modelar a argila é modelar a terra, o barro. E criar a partir do barro é um gesto arquetípico. É convocar o princípio mítico presente em tantas narrativas de origem. Também por isso, a argila é um material tão potente num processo arteterapêutico. Dar forma é estruturante, criativo e desafiador. O corpo inteiro se implica no encontro com a argila. Seu peso, textura e maleabilidade permitem toques com diferentes qualidades expressivas e afetivas. Com a argila, experimentamos a delicadeza do gesto e também a impressão da nossa força; a dureza e a adaptabilidade; o úmido e o seco; a estrutura e o desabamento; a abertura para dar forma e depois amassar, destruir e para então dar forma novamente. Assim, a argila pode instaurar conexões arquetípicas ao recordar que nós e…

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